931 resultados para Leishmaniose visceral Teses


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A leishmaniose visceral (LV) ou calazar uma doena endmica, crnica, grave e de alta letalidade se no tratada. Os estudos apontam a protena Lectina Ligante de Manose (MBL), codificada pelo gene MBL2, como uma pea-chave na imunidade inata, dada a sua funo no reconhecimento microbiano, na eliminao, inflamao e morte celular. Neste trabalho realizamos um estudo do tipo caso-controle que teve como objetivo investigar a associao entre variantes no gene MBL2 e a suscetibilidade LV em indivduos residentes em reas endmicas da Ilha de So Lus-MA. A amostra foi constituda por 322 indivduos, sendo 161 casos com LV, no aparentados, de ambos os sexos, residentes em reas endmicas da doena na Ilha de So Lus e 161 controles saudveis, no infectados e no aparentados da mesma regio. A identificao dos casos de LV se deu por meio do contato constante com os principais hospitais e ambulatrios de referncia para a doena na cidade. Tambm foram feitas buscas de pacientes com LV em ambiente domiciliar, a partir de registros da FUNASA-MA. A anlise molecular consistiu na genotipagem de 6 variantes localizadas na regio promotora [posies -550 (C>G), -221(G>C), +4(C>T)] e codificadora [cdons 52 (C>T), 54 (G>A) e 57 (G>A)] do gene MBL2, atravs da reao em cadeia da polimerase e sequenciamento automtico. A dosagem da protena MBL no soro foi realizada pelo teste de ELISA. Verificamos que os fentipos MBL dependem do conjunto de alelos presentes no gene MBL2, sendo ntido o efeito que as variantes defectivas causam nos nveis da protena. No encontramos diferena significativa entre casos e controles em relao distribuio dos gentipos MBL2 e dos nveis sricos de MBL. As frequncias allicas das variantes exnicas na amostra total mostram que o alelo A o mais comum (74,8%) e que os alelos defectivos (B, C e D) se encontram principalmente em heterozigose (36,6%), o que refora a ideia de que alelos MBL2 defectivos so mantidos na populao por conferirem vantagem seletiva aos heterozigotos. Em relao aos 3 principais polimorfismos existentes na regio promotora, verificamos ser a variante -221G (Y) a mais frequente (88%) seguida de +4C (P) (73%) e de -550C (L) (67%). Identificamos oito hapltipos em MBL2 num total de 644 cromossomos avaliados, em 30 combinaes diferentes, sendo HYPA e LYQA os mais frequentes e HYPD e HYPB os mais raros. Todos os portadores de combinaes de hapltipos homozigotos para alelos defectivos apresentaram nveis sricos de MBL indetectveis. Os gentipos LYQA/LYQA e HYPA/HYPA apresentaram as maiores concentraes mdias de MBL no soro. A combinao entre SNPs no xon 1 e na regio promotora do gene MBL2 resulta em grande variao nas concentraes de MBL em indivduos saudveis. Consideramos que o conjunto de dados gerados uma contribuio valiosa que poder ser expandida para outros cenrios.

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O propsito desta Tese foi detectar e caracterizar reas sob alto risco para leishmaniose visceral (LV) e descrever os padres de ocorrncia e difuso da doena, entre os anos de 1993 a 1996 e 2001 a 2006, em Teresina, Piau, por meio de mtodos estatsticos para anlise de dados espaciais, sistemas de informaes geogrficas e imagens de sensoriamento remoto. Os resultados deste estudo so apresentados na forma de trs manuscritos. O primeiro usou anlise de dados espaciais para identificar as reas com maior risco de LV na rea urbana de Teresina entre 2001 e 2006. Os resultados utilizando razo de kernels demonstraram que as regies perifricas da cidade foram mais fortemente afetadas ao longo do perodo analisado. A anlise com indicadores locais de autocorrelao espacial mostrou que, no incio do perodo de estudo, os agregados de alta incidncia de LV localizavam-se principalmente na regio sul e nordeste da cidade, mas nos anos seguintes os eles apareceram tambm na regio norte da cidade, sugerindo que o padro de ocorrncia de LV no esttico e a doena pode se espalhar ocasionalmente para outras reas do municpio. O segundo estudo teve como objetivo caracterizar e predizer territrios de alto risco para ocorrncia da LV em Teresina, com base em indicadores socioeconmicos e dados ambientais, obtidos por sensoriamento remoto. Os resultados da classificao orientada a objeto apontam a expanso da rea urbana para a periferia da cidade, onde antes havia maior cobertura de vegetao. O modelo desenvolvido foi capaz de discriminar 15 conjuntos de setores censitrio (SC) com diferentes probabilidades de conterem SC com alto risco de ocorrncia de LV. O subconjunto com maior probabilidade de conter SC com alto risco de LV (92%) englobou SC com percentual de chefes de famlia alfabetizados menor que a mediana (≤64,2%), com maior rea coberta por vegetao densa, com percentual de at 3 moradores por domiclio acima do terceiro quartil (>31,6%). O modelo apresentou, respectivamente, na amostra de treinamento e validao, sensibilidade de 79% e 54%, especificidade de 74% e 71%, acurcia global de 75% e 67% e rea sob a curva ROC de 83% e 66%. O terceiro manuscrito teve como objetivo avaliar a aplicabilidade da estratgia de classificao orientada a objeto na busca de possveis indicadores de cobertura do solo relacionados com a ocorrncia da LV em meio urbano. Os ndices de acurcia foram altos em ambas as imagens (>90%). Na correlao da incidncia da LV com os indicadores ambientais verificou-se correlaes positivas com os indicadores Vegetao densa, Vegetao rasteira e Solo exposto e negativa com os indicadores gua, Urbana densa e Urbana verde, todos estatisticamente significantes. Os resultados desta tese revelam que a ocorrncia da LV na periferia de Teresina est intensamente relacionada s condies socioeconmicas inadequadas e transformaes ambientais decorrentes do processo de expanso urbana, favorecendo a ocorrncia do vetor (Lutzomyia longipalpis) nestas regies.

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Embora as aes de vigilncia e controle da leishmaniose visceral (LV) preconizadas pelo Ministrio da Sade venham sendo realizadas nas mais variadas reas endmicas do pas, seus resultados no tem sido satisfatrios. Para conter a expanso da doena, tendo em vista o seu aumento em centros urbanos, a estratgia de controle da leishmaniose visceral utilizada no Brasil atualmente merece reavaliao. Neste estudo, foram analisados os dados das aes do Programa de Controle da Leishmaniose Visceral (PCL) desenvolvidas no perodo de 2006 a 2008 em 38 dos 113 bairros que compe o municpio de Teresina, no Estado do Piau. As aes do PCL (borrifao domiciliar com inseticidas e eliminao de ces sororreagentes) foram avaliadas trimestralmente, sendo a varivel dependente o nmero de casos de LV ocorridos um ano aps a execuo das aes. Foram includas nas anlises o ano de implementao destas aes e variveis scio-econmicas. A regresso de Poisson foi realizada para verificar o grau de associao entre a ocorrncia do agravo em relao s diferentes combinaes de medidas de controle implementadas pelo PCL sob intensidades de prevalncia canina maiores ou menores que 10%. Aps a regresso multivariada, constatou-se que, quando no se estratifica pelo nvel de prevalncia de infeco canina, os resultados apontam para uma no efetividade das aes de controle. Todavia, quando se estratifica pela prevalncia canina, observa-se que, em locais onde ela baixa, o controle do reservatrio canino, executado de maneira independente das outras aes de controle, esteve associado com uma reduo de 37% nas taxas de ocorrncia de LV um ano aps a implementao da ao (Razo de taxas de incidncia = 0,63, p=0.05). A borrifao com inseticida executada de maneira independente das demais aes de controle, bem como a execuo conjunta do controle do vetor alado e do reservatrio canino, em ambos os cenrios de prevalncia canina, no apresentaram associao significativa com a incidncia da doena nos anos posteriores a sua implementao. Estes achados constituem material relevante para discusso da efetividade das aes de controle da Leishmaniose Visceral.

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Este um estudo ecolgico misto onde o perfil de distribuio de chuvas e das variaes trmicas foi relacionado variao sazonal das taxas de incidncia de leishmaniose visceral em vinte municpios brasileiros de transmisso intensa da doena, no perodo de 2001 a 2008. O objetivo foi identificar similaridades e diferenas entre os municpios estudados quanto tendncia temporal e sazonalidade da doena e possvel relao entre variaes climticas e a distribuio sazonal da doena. Os dados de incidncia de leishmaniose visceral foram obtidos do Sistema de Informao de Agravos de Notificao (Sinan), os dados demogrficos foram obtidos do Departamento de Informtica do Sistema nico de Sade (DATASUS), os dados pluviomtricos e de temperatura foram obtidos do Sistema de Monitoramento Agrometeorolgico do Ministrio da Agricultura (AGRITEMPO). Os resultados so apresentados graficamente e mostram que a distribuio sazonal da incidncia e perodos provveis de transmisso so diferentes em vrios municpios e acompanham as diferenas climticas, sugerindo que as intervenes que visem diminuir a incidncia devem ser pontuais, obedecendo s caractersticas de cada municpio.

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INTRODUO: A leishmaniose visceral (LV) uma doena negligenciada de grande importncia no cenrio brasileiro, particularmente devido sua gravidade, sua expanso geogrfica e a associao com condies de pobreza. Nesta perspectiva, as condies nutricionais emergem como elementos a serem considerados na compreenso de sua situao epidemiolgica, sejam como potenciais fatores de risco para o estabelecimento da doena aps infeco ou como fatores associados ao prognstico. OBJETIVO: Avaliar a associao entre estado nutricional e infeco por Leishmania infantum em moradores de reas endmicas para LV no municpio de Teresina, Piau. MTODOS: Trata-se de um estudo seccional realizado em bairros de alta endemicidade para a doena, envolvendo 198 indivduos com idade entre 2 e 65 anos. Peso e estatura foram aferidos no domiclio por profissionais treinados. Para a avaliao de adultos foi utilizado o ndice de massa corporal (IMC). Para crianas e adolescentes foram avaliados os ndices antropomtricos (peso / idade, estatura / idade, peso / estatura e IMC / idade). A infeco por L. infantum foi avaliada a partir da intradermorreao de Montenegro (IDRM). Para a anlise foi utilizada regresso logstica multivariada, estimando-se razes de chances (OR) como medidas de associao e seus respectivos intervalos de confiana (95%). RESULTADOS: A prevalncia de infeco assintomtica foi de 32,6%. A prevalncia de excesso de peso foi de 52% entre adultos (IMC ? 25 kg/m) e de 23,9% entre crianas e jovens (escore-z de IMC / idade > 1). Indivduos com sobrepeso, tanto adultos como aqueles de at 19 anos, apresentaram chance de infeco cerca de 70% maior quando comparados aos eutrficos (p>0,05 para ambos). CONCLUSO: Ainda que no estatisticamente significante, a associao entre infeco assintomtica por L. infantum e sobrepeso sugere que estes indivduos possam estar sob maior risco de infeco por apresentarem dficits de micronutrientes relevantes para a resposta imune especfica. Para investigar esta hiptese, so necessrios estudos longitudinais que investiguem o papel do consumo alimentar e do perfil de micronutrientes desta populao no risco de infeco por L. infantum.

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Nas Amricas, a leishmaniose visceral (LV) experimenta um processo de urbanizao e o co domstico considerado o principal reservatrio da doena neste cenrio, embora seu papel no ciclo de transmisso no esteja totalmente explicado. Este estudo teve como objetivo investigar, por meio da anlise de dados espaciais e imagens de sensoriamento remoto, a relao de fatores ambientais com a ocorrncia de infeco canina por Leishmania chagasi e sua correlao espacial com a doena humana na cidade de Teresina (Piau - Brasil), onde foi relatada a primeira epidemia urbana de LV no Brasil. Os resultados so apresentados na forma de dois manuscritos, nos quais so utilizados dados georreferenciados obtidos por meio de um inqurito sorolgico canino realizado durante o ano de 2011, em diferentes bairros com transmisso moderada ou intensa. No primeiro, a regresso logstica multinvel foi utilizada para correlacionar a prevalncia da infeco canina com variveis ambientais de quadrculas de 900m2 (30mx30m) onde os domiclios estavam localizados, ajustando para as caractersticas individuais dos ces (sexo, idade e raa) e da residncia. Participaram desta anlise 717 ces distribudos em 494 domiclios e 396 quadrculas. Um percentual >16,5% da rea da quadrcula coberta por pavimentao clara (ruas de terra ou asfalto antigo) foi a nica varivel ambiental associada com a infeco canina por L. chagasi (Odds ratio [OR] = 2,00, intervalo de 95% de confiana [IC95%]: 1,22 - 3,26). Estas reas provavelmente correspondem quelas mais pobres e com pior infraestrutura urbana, sugerindo a ocorrncia de um padro de transmisso intra-urbano similar aos padres rurais e peri-urbanos da LV. No segundo manuscrito, a partir da anlise hierrquica do vizinho mais prximo foi verificada a presena de sete clusters de maior concentrao de ces soropositivos em relao aos soro negativos em reas menos urbanizadas e com vegetao pouco densa. Participaram desta anlise 322 ces distribudos em cinco bairros. A relao espacial entre os caninos soropositivos e os casos humanos foi investigada atravs do mtodo da distncia mdia entre os pontos e analisada por meio do teste t. Foi encontrada uma maior proximidade de casos humanos em relao a ces soropositivos quando comparada distncia em relao aos soro negativos, sugerindo a existncia de uma relao espacial entre a LV humana e a soropositividade canina. Os resultados contribuem para uma maior compreenso sobre a dinmica da doena em meio urbano alm de fornecer informaes teis para a preveno e controle da LV em seres humanos.

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Introduo: A leishmaniose visceral (LV) um importante problema de sade pblica no Brasil, com cerca 3000 mil casos notificados anualmente. Nos ltimos anos, a LV tem ampliado sua distribuio em vrios estados do pas, associada principalmente aos processos socioambientais, antrpicos e migratrios. A LV causada pela infeco com Leishmania infantum chagasi, transmitida, principalmente, por Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae). Este flebotomneo apresenta ampla distribuio nas Amricas, todavia, evidncias sugerem que se constitui em um complexo de espcies crpticas. A dinmica de transmisso da LV modulada por fatores ecolgicos locais que influenciam a interao entre populaes do patgeno, do vetor e dos hospedeiros vertebrados. Portanto, o estudo das variveis associadas a esta interao pode contribuir para elucidar aspectos dos elos epidemiolgicos e contribuir para a tomada de decises em sade pblica. Objetivo: Avaliar parmetros relacionados capacidade vetorial da populao de Lu. longipalpis presente em rea urbana do municpio de Panorama, estado de So Paulo. Mtodos: Foram realizadas capturas mensais durante 48 meses para avaliar a distribuio espao-temporal de Lu. longipalpis e investigar a circulao de Le. i. chagasi. Tambm foram realizados os seguintes experimentos com o vetor: captura-marcao-soltura-recaptura para estimar a sobrevida da populao e a durao do seu ciclo gonotrfico, a atratividade dos hospedeiros mais frequentes em reas urbanas, a proporo de repasto em co, infeco experimental e competncia vetorial. Resultados: Observou-se que no municpio de Panorama, Lu. longipalpis apresentou as frequncias mais elevadas na estao chuvosa (entre outubro e maro), maior densidade em reas com presena de vegetao e criao de animais domsticos, locais aonde tambm foi demonstrada a circulao natural de espcimes de Lu. longipalpis infectados com Le. i. chagasi. Alm disto, foi corroborado que a populao de Lu. longipalpis apresentou hbito hematofgico ecltico, altas taxas de sobrevivncia e que foi competente para transmitir o agente da LV. Nos experimentos de laboratrio foi evidenciada a heterogeneidade na infeco de fmeas de Lu. longipalpis desafiadas a se alimentarem em ces comprovadamente infectados por L. i. chagasi e o rpido desenvolvimento do parasita neste vetor natural. Concluses. As observaes do presente estudo corroboram a capacidade vetora de Lu. longipalpis para transmitir a Le. i. chagasi e ressaltam a importncia da espcie na transmisso do agente etiolgico da LV. Aes de manejo ambiental, educao e promoo sade so recomendadas s autoridades municipais para diminuir o risco potencial de infeco na populao humana e canina, considerando-se o elevado potencial vetor de Lu. longipalpis e a presena de condies que favorecem a interao dos componentes da trade epidemiolgica da LV.

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INTRODUO: Leishmaniose visceral (LV) uma doena negligenciada que afeta milhes de pessoas no mundo e que constitui um grave problema de sade pblica. OBJETIVOS: Descrever no tempo e no espao, a disperso de Lutzomyia longipalpis e a expanso da LV no estado de So Paulo (SP); identificar fatores associados a estes processos. MTODOS: Foram realizados estudos descritivos, ecolgicos e de anlise de sobrevida. Informaes sobre o vetor e os casos foram obtidas na Superintendncia de Controle de Endemias e no Sistema de Informaes de Agravos de Notificao para o perodo de 1997 a 2014. A rea de estudo foi composta pelos 645 municpios de SP. Foram produzidos mapas temticos e de fluxo e calcularam-se incidncia, mortalidade e letalidade por LV em humanos (LVH). Utilizou-se a tcnica de anlise de sobrevida (Curvas de Kaplan-Meier e Regresso de Cox) para a identificao de fatores associados disperso do vetor e expanso da LV. RESULTADOS: A partir da deteco de Lu. longipalpis em Araatuba em 1997, deram-se a ocorrncia do primeiro caso canino (LVC) (1998) e o primeiro caso humano (LVH) autctones (1999) em SP. At 2014, foi detectada a presena do vetor em 173 (26,8 por cento ) municpios, LVC em 108 (16,7 por cento ) e LVH em 84 (13 por cento ). A expanso dos trs fenmenos ocorreu no sentido noroeste para sudeste e se deram a velocidades constantes. Na regio de So Jos do Rio Preto, a disperso do vetor deu-se por vizinhana com municpios anteriormente infestados, a expanso da LV relacionou-se com os municpios sede das microrregies e a doena ocorreu com maior intensidade nas reas perifricas dos municpios. A presena da Rodovia Marechal Rondon e a divisa com o Mato Grosso do Sul foram fatores associados ocorrncia dos trs eventos, assim como a presena da Rodovia Euclides da Cunha para presena do vetor e casos caninos, e, presena de presdios para casos humanos. CONCLUSES: A disperso do vetor e da LV em SP iniciou-se, a partir de 1997, prximo divisa com o estado do Mato Grosso do Sul, avanou no sentido noroeste para sudeste, na trajetria da rodovia Marechal Rondon, e ocorreu em progresso aritmtica, com as sedes das microrregies de SP tendo papel preponderante neste processo. A ocorrncia autctone de LVC e LVH iniciou-se na sequncia da deteco de Lu. longipalpis em Araatuba e de seu espalhamento por SP e no a partir dos locais onde anteriormente ele j estava presente. O uso da anlise de sobrevida permitiu identificar fatores associados disperso do vetor e a expanso da LV. Os resultados deste estudo podem ser teis para aprimorar as atividades de vigilncia e controle da LV, no sentido de retardar sua expanso e/ou de mitigar seus efeitos, quando de sua ocorrncia.

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A leishmaniose visceral uma zoonose de grande importncia para a sade pblica, com ampla distribuio geogrfica e epidemiologia complexa. Apesar de diversas estratgias de controle, a doena continua se expandindo, tendo o co como principal reservatrio. Levando em considerao que anlises espaciais so teis para compreender melhor a dinmica da doena, avaliar fatores de risco e complementar os programas de preveno e controle, o presente estudo teve como objetivo caracterizar a distribuio da leishmaniose visceral canina e relacionar sua dinmica com caractersticas ou feies espaciais no municpio de Panorama (SP). A partir de dados secundrios coletados em um inqurito sorolgico entre agosto de 2012 e janeiro de 2013, 986 ces foram classificados como positivos e negativos de acordo com o protocolo oficial do Ministrio da Sade. Posteriormente uma anlise espacial foi conduzida, compreendendo desde a visualizao dos dados at a elaborao de um mapa de risco relativo, passando por anlises de cluster global (funo K) e local (varredura espacial). Para avaliar uma possvel relao entre o cluster detectado com a vegetao na rea de estudo, calculou-se o ndice de Vegetao por Diferena Normalizada (NDVI). A prevalncia da doena encontrada na populao de ces estudada foi de 20,3% (200/986). A visualizao espacial demonstrou que tanto animais positivos quanto negativos estavam distribudos por toda a rea de estudo. O mapa de intensidade dos animais positivos apontou duas localidades de possveis clusters, quando comparado ao mapa de intensidade dos animais negativos. As anlises de cluster confirmaram a presena de um aglomerado e um cluster foi detectado na regio central do municpio, com um risco relativo de 2,63 (p=0,01). A variao espacial do risco relativo na rea de estudo foi mapeada e tambm identificou a mesma regio como rea significativa de alto risco (p<0,05). No foram observadas diferenas no padro de vegetao comparando as reas interna e externa ao cluster. Sendo assim, novos estudos devem ser realizados com o intuito de compreender outros fatores de risco que possam ter levado ocorrncia do cluster descrito. A prevalncia, a localizao do cluster espacial e o mapa de risco relativo fornecem subsdios para direcionamento de esforos do Setor de Vigilncia Epidemiolgica de Panorama para reas de alto risco, o que pode poupar recursos e aperfeioar o controle da leishmaniose visceral no municpio.

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A leishmaniose visceral (LV) uma doena grave que afeta a populao de vrios pases, onde o Brasil apresenta a maior prevalncia da infeco nas Amricas. Com o estudo do gene codificante da protena B de superfcie (HASPB ou K26) de Leishmania infantum possvel identificar as variaes polimrficas intraespecficas e, assim, ser possvel consolidar a descrio de um perfil polimrfico presente no Estado de Pernambuco. O objetivo do trabalho foi analisar as regies polimrficas do gene HASPB (K26) de Leishmania infantum em amostras clnicas positivas para leishmaniose visceral e coinfeco LV/HIV. O sistema K26 PCR foi otimizado utilizando concentraes variadas de DNA genmico de L. infantum. Foi realizado o screening de amostras clnicas de DNA atravs de dois sistemas de PCR simples, kDNA e ITS1/RFLP, para ensaios posteriores com a K26 PCR nas amostras positivas. A curva de dissociao de alta definio (qPCR-HRM) foi empregada na localizao de temperaturas de melting especficas para L. infantum. Os amplicons do gene K26 foram sequenciados e alinhados as sequencias selecionadas em base de dados. A K26 PCR apresentou limiar de deteco de 1 pg para amplicon de 700 pb. A especificidade dos primers foi avaliada experimentalmente e in silico, apresentando anelamento inespecfico com DNA humano. Em paralelo, foram selecionadas 78 amostras de DNA atravs dos dois sistemas screening, sendo 17 caracterizadas como L. infantum. Os ensaios com DNA das amostras clnicas para o sistema K26 PCR revelaram bandas esprias. A anlise atravs qPCR-HRM em DNA genmico do parasita resultou em amplificao com Tm de 88,2 C, j o ensaio com amostra clnica revelou duas amplificaes com distintas temperaturas de melting, 84,6 e 88,2 C. Trs amplicons do gene K26 foram sequenciados e alinhados a cinco sequencias da base de dados, indicando 38,2 % de similaridade. Pode-se concluir que o sistema K26 PCR recomendvel para anlise dos polimorfismos genticos, contanto que o DNA seja extrado diretamente de espcies isoladas em meio de cultura.

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A leishmaniose visceral (LV) uma doena infecto-parasitria causada por protozorios do gnero Leishmania. O trabalho teve como objetivo avaliar estratgias para o aprimoramento do diagnstico molecular na LV, que compreenderam a avaliao da eficincia de diferentes mtodos de extrao de DNA em amostras de urina; a anlise do uso da Reao em Cadeia da Polimerase quantitativa em tempo real (qPCR) como ferramenta para a deteco do DNA de Leishmania infantum na referida amostra; e a padronizao de uma reao duplex qPCR para a deteco simultnea do DNA de L. infantum e do gene G3PD (controle endgeno). Depois da escolha do protocolo de extrao de DNA mais apropriado, e aps a otimizao e a anlise de reprodutibilidade, uma qPCR em urina foi padronizada. Em paralelo, aps o desenho e a sntese de sondas TaqMan compatveis com os sistemas LINF 1B e G3PD1, aps otimizao e anlise de reprodutibilidade, uma duplex qPCR em sangue tambm foi padronizada. Para avaliao dos protocolos desenvolvidos foram utilizadas tcnicas de estatstica descritiva. Para anlise comparativa com tcnicas clssicas de diagnstico da LV utilizou-se Teste Qui Quadrado de independncia ou Teste Exato de Fisher (p<0,05 e p<0,01, respectivamente). Como resultados, aps otimizao, o limite de deteco alcanado pela qPCR em urina utilizando o protocolo de extrao selecionado (kit comercial) foi de 5 fg/microlitros de amostra 0,034 parasitos) A duplex qPCR em sangue alcanou um limite de deteco de 2x102 fg/microlitros de amostra 1,4 (ou ~ 1,4 parasito), aps a otimizao. A partir dos dados estatsticos obtidos, pde-se analisar alta concordncia percentual entre a qPCR e urina e o conjunto de critrios diagnsticos (sorologia rK39 + qPCR em sangue), bem como entre a duplex qPCR em sangue e a qPCR em sangue, para os Grupos 01 (pacientes com suspeita de LV) e 02 (pacientes HIV positivos co-infectados ou no). Como um conjunto de critrios, os dois novos ensaios obtiveram excelentes concordncias com o conjunto de tcnicas clssicas: 88,89 por cento e 94,74 por cento para os Grupos 01 e 02, respectivamente. No houve diferenas estatsticas significativas entre os testes. Pde-se concluir que ambos os ensaios mostraram bom potencial para a incorporao, aps validao, ao diagnstico da LV; em conjunto ou individualmente (quando necessrio), trazendo mais conforto, praticidade, confiabilidade e rapidez ao diagnstico definitivo da patologia

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Os mtodos de diagnstico sorolgico so ainda as ferramentas mais realistas e aplicveis para identificao de ces com leishmaniose visceral. A pesquisa por mtodos sorolgicos mais eficientes e de produo simplificada importante para a identificao do reservatrio canino, ao primordial para o controle da doena. Este estudo teve por objetivo o desenvolvimento e a avaliao do desempenho de um ELISA para leishmaniose visceral canina, utilizando como conjugado enzimtico uma IgY anti-IgG canina. Para isto, galinhas poedeiras foram imunizadas com IgG canina purificada e a IgY anti-IgG foi isolada das gemas dos ovos por precipitao com polietilenoglicol e purificada por meio de adsoro tioflica. A especificidade frente ao antgeno imunizante foi verificada por imunodifuso radial dupla, ELISA e western-blot. O ELISA foi desenvolvido utilizando IgY conjugada a enzima peroxidase, tendo seus parmetros de acurcia avaliados e comparados com o ELISA utilizando IgG de mamferos conjugada a peroxidase. A concentrao total de IgY isolada nas gemas foi constante, sem diferena significativa nos meses analisados (...), com mdia de 97,55 mg de IgY/ gema. A IgY produzida reconheceu a IgG canina, demonstrando uma forte sensibilidade e especificidade no ELISA, porm na imunodifuso no foi detectada ligao da IgY produzida a IgG canina. Aps a imunizao, houve um aumento significante da produo de IgY especfica do primeiro para o segundo ms (...) onde ocorreu um pico estvel sem queda de produo at o final do perodo analisado (...). A IgY demonstrou ainda, forte reatividade no western-Blot frente a IgG canina purificada e a presente no soro de co clinicamente saudvel, no sendo capaz de reconhecer IgG de outras espcies animais.

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The Visceral Leishmaniose (LV) disease is endemic in some places in Brazil. It is caused by the protozoa Leishmania chagasi, being transmitted for vector, the phlebotomies, Lutzomyia longipalpis. In virtue of the expansion of the illness in Rio Grande do Norte, it is necessary to evaluate the determinative ambient factors in the proliferation of the vector for better control of the illness. The variable rainfall and the social variables had been analyzed using space regression with two models and the ambient variable of ZANE and the variables analyzed in 205 houses in the cities of Natal, Extremoz, Nsia Floresta, So Gonalo do Amarante, So Jose do Mipibu, Parnamirim and Macaba the Person and ML Chi-square were used . The analyses had shown that high rainfall, plain relief, the forest, the humid tropical climate the activities of production culture of sugar cane and fruit culture and the presence of bovines increase the risk of the LV. The work showed that it has space aggregation and that ambient factors influence in the LV in the State

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Leishmaniasis are endemic diseases wild spread in the New and Old World, caused by the flagelated protozoan Leishmania. In the New World, the distribution of different forms of leishmaniasis is mostly in tropical regions. In the State of Rio Grande do Norte, Northeast Brazil, 85% of the captured sand flies fauna is Lutzomyia longipalpis. The distribution of the sand fly vector in the state overlaps with the disease distribution, where the presence of sand flies is associated with presence of animals shelters. The aim of this study was to analyse the blood meal preference of sand flies vector from the genus Lutzomyia spp. in laboratory conditions, to verify the vector life cicle at different temperatures sets and to identify the main blood meal source in endemic areas for visceral leishmaniasis (VL) at peri-urban regions of Natal. Sand flies samples were collected from the municipalities of So Gonalo do Amarante and Nsia Floresta where female sand flies were grouped for the colony maintenance in the laboratory and for the analysis of the preferred source of sand fly blood meal in natural environment. The prevalence of blood meal preference and oviposition for the females sand flies was 97% for Cavia porcellus with oviposition of 19 eggs/female; 97% for Eqqus caballus with 19 eggs/female; 98% for human blood with 14 eggs/female; 71.3% for Didelphis albiventris with 8.4 eggs/female; 73% for Gallus gallus with 14 eggs/female; 86% for Canis familiaris with 10.3 eggs/female; 81.4% for Galea spixii with 26 eggs/female; 36% for Callithrix jachus with 15 eggs/female; 42.8% for Monodelphis domestica with 0% of oviposition. Female sand flies did not take a blood meal from Felis catus. Sand flies life cycle ranged from 32-40 days, with 21-50 oviposition rates approximately. This study also showed that at 32C the life cycle had 31 days, at 28 C it had 50 days and at 22C it increased to 79 days. Adjusting the temperature to 35C the eggs did not hatch, thus blocking the life cycle. A total of 1540 sand flies were captured, among them, 1.310 were male and 230 were female. Whereas 86% of the sand flies captured were Lu. longipalpis as compared to 10.5% for Lu. evandroi and, 3.2% for L. lenti and 0.3% for Lu whitmani. The ratio between female and male sandfly was approximately 6 males to 1 female. In Nsia Floresta, 50.7% of the collected females took their blood meal from armadillo, 12.8% from human. Among the female sand flies captured in So Gonalo do Amarante, 80 of them were tested for the Leishmania KDNA infectivity where 5% of them were infected with Leishmania chagasi. Female Lutzomyia spp. showed to have an opportunistic blood meal characteristic. The behavioral parameters seem to have a higher influence in the oviposition when compared to the level of total proteins detected in the host s bloodstream. A higher Lu. longipalpis life cycle viability was observed at 28C. The increase of temperature dropped the life cycle time, which means that the life cycle is modified by temperature range, source of blood meal and humidity. Lu longipalpis was the most specie found in the inner and peridomiciliar environment. In Nsia Floresta, armadillos were the main source of blood meal for Lutzomyia spp. At So Gonalo do Amarante, humans were the main source of blood meal due to CDC nets placed inside their houses

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Visceral leishmaniasis (VL) in Brazil is a disease caused by Leishmania infantum chagasi (L.i.chagasi). The clinical evolution post-infection depends on the vertebrate host immune response, which is genetically mediated. This study aimed to evaluate the immune response of individuals living in endemic area for VL in the state of the Rio Grande do Norte, considering individuals with VL under treatment (n = 9), recovered VL <1 year post treatment (n = 10), > 10 years posttreatment (n = 9), uninfected individuals living in endemic areas (n = 7), individuals that lost DTH response (n=6) and asymptomatic individuals for VL (n=9). Peripheral blood cells were evaluated in the presence and absence of soluble Leishmania antigens (SLA) and ex vivo, to determine activation, presence of regulatory cells and memory cells. The Leishmania parasitemia and anti-Leishmania antibodies were determined respectively by qPCR and ELISA. Cells from individuals with VL under treatment showed less cell activation after stimulation with SLA for the markers CD4/CD69, CD8/CD69 and CD8/CD25 compared with VL post treatment treatment (p <0.001). Apparently uninfected individuals have a higher cell activation than symptomatic VL (p <0.001), with the exception of CD8/CD25 marker (p = 0.6662). On the other hand, in the ex-vivo group, significant differences were observed for CD4/CD69, CD8/CD69 and CD8/CD25 between the 4 groups due to increased cell activation present in cells of individuals symptomatic LV (p <0.001). VL cells under treatment, ex vivo, have a lower percentage of memory cells (CD4/CD45RO and CD8/CD45RO) than individuals VL post-treatment or control group (p = <0.01). Likewise, individuals with symptomatic VL have fewer regulatory cells when stimulated by SLA [CD4/CD25 (p = 0.0022) and CD4/FOXP3 (p = 0.0016)] and in the ex-vivo group (p = 0.0017). Finally, DNA isolated from recovered VL contained Leishmania DNA, supporting the hypothesis of non-sterile clinical cure for Leishmania infection. Recovered VL, even 10 years after treatment have high levels of memory cells, which may be due to the presence of stimulation, either by reexposure to Leishmania or non-sterile cure